Policiais civis da 25ª Coorpin (Coordenadoria de Polícia do Interior) sediada em Euclides da Cunha, que tem como delegado regional o competente e destemido Dr. Miguel Vieira, sob o comando do delegado Dr. Paulo Jason, titular da DT (Delegacia Territorial de Polícia), apreenderam 45 bananas de dinamite em gel, 31 detonadores e um rolo de fita adesiva, que é utilizada na preparação de detonação do artefato.
Os explosivos, que segundo José Nilton Ribeiro dos Santos, pertence à Empresa Tecton Engenharia, que trabalha na construção de pontes na Rodovia BA 220, trecho que liga Euclides da Cunha a Monte Santo.
José Nilton trabalhava na empresa como armador, e se encontra preso na custódia da Delegacia de Polícia do Complexo Policial Civil de Euclides da Cunha, após ter sido preso em flagrante pela CIPE-Caatinga, – uma companhia de polícia militar especializada no combate ao tráfico de drogas, roubo de carga, assalto a banco, seqüestro, entre outros, quando trafegava pela rodovia BA 220, em ação ostensiva, e desconfiou de alguns homens que se encontravam reunidos em uma das pontes em construção na referida estrada, quando passava da meia-noite.
Ao perceberem a guarnição policial, os elementos empreenderam fuga e uma perseguição teve início, culminando com a prisão de cinco pessoas, inclusive José Nilton, o único que continuou preso, já que os demais acusados foram postos em liberdade, após terem sido ouvidos pelas autoridades policiais.
Durante a fuga, os acusados dispensaram algumas bananas de dinamite, que foram recuperadas pela própria Cipe-Caatinga, além de outras que foram localizadas no interior do veículo em fuga.
Parecia que o caso das dinamites que, na época, início de abril de 2012, fora noticiado por todos os veículos de comunicação da Bahia, como mais um caso de utilização dos explosivos em prováveis assaltos a caixas eletrônicos de bancos, cairia no esquecimento, já que as investigações, a princípio, não apontavam para essa finalidade e todos foram liberados, exceto, o montador, que estaria com a responsabilidade de guardar os explosivos.
Mas a equipe de investigadores do Dr. Paulo Jason e Dr. Miguel Vieira continuaram trabalhando no caso, até que uma ligação feita pelo Disc- Denúncia da DT, que não identifica o autor, chegou ao conhecimento da PC e o caso passou a ser investigado com mais profundidade.
A denúncia anônima dava conta da existência de dinamites em uma das residências de José Nilton, uma casa localizada à Av. Cel. Almerindo Rehem, 725 bairro do Pau Miúdo, onde também reside a genitora do acusado e Joelma dos Santos Santiago, maior de 18 anos, com quem José Nilton vive maritalmente e é pai de um bebê de apenas, quatro dias de nascido.
Nesta casa, e de posse de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, os agentes policiais civis encontraram em uma cômoda, juntamente com roupas de neném, 13 bananas de dinamite, além de os detonadores e a fita adesiva.
Em outro local, uma antiga sede de uma associação comunitária, onde morava Rosângela dos Santos Santiago, maior de 18 anos, que também vive maritalmente com José Nilton (as duas mulheres são irmãs), a polícia encontrou sob o fundo falso de uma mesa, mais 32 bananas de gel de dinamite.
“As esposas” foram presas e conduzidas para a DT, onde foram interrogas e autuadas em flagrante delito pelo delegado Dr. Paulo Jason, que as enquadrou no Artigo 16, parágrafo único, inciso III da Lei 10.826/2003 (Posse de Explosivo), além de determinar o recolhimento das acusadas ao xadrez da carceragem, onde se encontram à disposição da Justiça.
Outra situação que provoca intriga e desconfiança da polícia é o fato de José Nilton ter revelado que havia guardado os artefatos explosivos e os carregadores em sua casa, em atenção a um pedido feito pelo Sr. Nerivaldo, encarregado de carpintaria, que estaria se ausentando do trabalho, em gozo de férias, em Salvador.
Desde que foi preso, em abril, José Nilton nunca recebeu a visita de Nerivaldo, com o qual deixou guardadas 45 bananas de dinamite e 31 detonadores, altamente perigosos e de fácil explosão.
Jose Nilton revelou, também, que os artefatos explosivos antes de irem para as suas casas, ficavam guardados em uma caixa de ferramentas, em um pequeno barraco armado em uma das pontes em construção.
Os artefatos explosivos são controlados pelo Exército Brasileiro. Então, como explicar tamanho descaso, falta de controle na autorização e fiscalização do emprego e uso de dinamite por empresas ditas especializadas?
Joelma, que na fotografia aparece de vestido azul, mãe de um recém-nascido, chorou bastante e demonstrava arrependimento, enquanto Rosângela se recusou a responder perguntas feitas por este repórter, bem ao estilo daqueles elementos presos que aparecem nos programas policiais dizendo: “não tenho nada a declarar”, quando são solicitados a dar uma entrevista para falar sobre a acusação do possível crime praticado e que estão sendo acusados.
As investigações continuam.
(Portal Jaguarari)
As investigações continuam.
(Portal Jaguarari)
0 comentários:
Postar um comentário