Foto: Tiago Melo/ Bahia Notícias
A prefeita lembra que Cardeal da Silva, administrada por ela há cinco anos, foi emancipada há 50 anos e desmembrada do município de Entre Rios, sofre com as flutuações do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), composto pelos impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI). “Tanto faz para a União a cidade ter 100 habitantes como eu ter 10 mil”, exemplifica Quitéria, ao criticar os critérios de divisão do fundo. A ampliação da base de cálculo do FPM é uma das bandeiras que serão defendidas na 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que será promovida entre os próximos dias 8 e 11 de julho. “A gente quer incluir os tributos que foram criados após o Pacto Federativo”, afirmou, ao citar o PIS e o Cofins, “que hoje não entram no bolo [do FPM]”, e vão integralmente para os cofres da União. Segundo ela, os prefeitos pretendem sensibilizar a presidente Dilma Rousseff e os parlamentares para a necessidade de convencer o Congresso Nacional a rever o Pacto Federativo com a mudança do atual rateio dos tributos arrecadados e o aumento da participação dos municípios na divisão dos recursos. Quitéria enfatiza a necessidade de alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal. "É possível fazer emendas”, argumenta. “A lei não prevê, por exemplo, a queda de arrecadação, não prevê a seca, não prevê catástrofes, que reduzem as receitas das administrações municipais", complementou. Questionada se a flexibilização da LRF não criaria brechas para desvio de recursos públicos, a presidente da UPB é direta: “O que é que impede a corrupção nesse país? Quem quer fazer o certo faz o certo; quem quer fazer o errado faz”, considerou.
(Bahia Noticias)
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