17/03/2012

Juiz instrutor investiga pedofilia em Franca, SP, a pedido do Vaticano


Um juiz instrutor da Igreja Católica investiga denúncias de pedofilia contra um padre de Franca, no interior de São Paulo. Em nota, a diocese da cidade informou que o sacerdote "faz esse trabalho para as instâncias competentes do Vaticano".
Em novembro de 2011, o padre francano foi condenado a 60 anos e 8 meses de prisão por suspeita de estupro e atentado violento ao pudor. As acusações que caem sobre ele datam de 2009 e 2010, período em que foram registradas seis denúncias de abuso em adolescentes entre 12 e 16 anos que eram coroinhas na Paróquia São Vicente de Paulo, em Franca.
Justiça condena padre a 60 anos de prisão por abuso sexual em Franca CPI vai a Franca investigar caso de padre acusado de pedofilia Promotor denuncia padre de Franca suspeito de abuso contra menores Polícia conclui inquérito sobre padre suspeito de pedofilia em Franca O juiz presta serviços para dioceses brasileiras e enviará um relatório a Roma. O documento deve ser anexado às investigações para punição do padre de acordo com as normas da Igreja.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou ao G1 que não faz intermediação das investigações do estado máximo da Igreja Católica. Na nota mais recente sobre abuso sexual , o colegiado afirmou compromisso em investigar os casos no país. “Os bispos reconhecem o mal irreparável a que foram acometidas as vítimas e suas famílias”.
O Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), órgão ligado à CNBB, não possui levantamento oficial sobre pedofilia no Brasil.
A pena estabelecida pela Justiça ao religioso de Franca é em regime fechado, mas a defesa obteve um habeas corpus. O padre responda em liberdade até o julgamento do recurso.

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