A Comissão de Direito do Consumidor da Câmara Federal protocolou, nesta quinta-feira (15), dois requerimentos na Mesa Diretora, a fim de apurar ostranstornos enfrentados pelos passageiros do voo 6225 da Avianca, que seguia de Salvador para Belo Horizonte, com escala em Brasília, na última quarta (14). A aeronave conduzia o governador Jaques Wagner, que fez o check-in no dia anterior ao incidente, e outros políticos à capital federal. Na oportunidade, oito passageiros foram impedidos de viajar, sob o argumento de que o equipamento estava com sobrepeso. De acordo com funcionários da viação no aeroporto da capital baiana, o avião tinha acabado de ser reabastecido e, devido à diminuição da extensão da pista de decolagem, por causa das obras de reforma para a Copa do Mundo, haveria a necessidade de reduzir o volume de carga, argumento contestado pela Infraero. Em nota enviada ao Bahia Notícias, a estatal que administra o espaço informou que “a alegação da Avianca não procede”. "O que está ocorrendo na verdade é que em parte da pista principal do aeroporto estão sendo realizados serviços de recapeamento importantes e necessários à segurança dos voos. Esses serviços tiveram início no dia 13 de março, todas as terças, quartas e quintas-feiras, no horário das 4h às 11h, e se estenderão até o dia 29 de março. Desde o mês de janeiro, as empresas aéreas que operam neste aeroporto, inclusive a Avianca, foram cientificadas acerca do assunto, para que, com antecedência, elaborassem as suas programações de voos. No caso da Avianca, em especial, ressalte-se que, por operar com aeronaves menores, esta foi também cientificada de que poderia utilizar-se da nossa pista auxiliar".
Nos documentos protocolados no Congresso Nacional, assinados pelos deputados tucanos Carlos Sampaio (SP) e Paulo Abi-Ackel (MG), solicita-se a realização de uma audiência pública com um representante da companhia aérea “para prestar esclarecimentos” sobre o episódio. Além disso é requerida a aplicação de uma sabatina. Nas indagações, os parlamentares pretendem identificar a relação entre a quantidade de pessoas embarcadas e o número de assentos disponíveis; se havia algum lugar vazio no momento da decolagem e, em caso de excesso de peso, qual o motivo para se optar pela retirada de passageiros em vez da remoção de encomendas despachadas. Cobra-se ainda que sejam apresentadas cópias de todos os bilhetes emitidos para o voo 6225, “consignando-se o dia e horário da respectiva emissão e do check-in”. A justificativa é a de que a prática adotada pela companhia “é abusiva e fere direitos do consumidor garantidos pela legislação nacional” e que seria de responsabilidade do colegiado “tomar as providências necessárias para punir a empresa aérea pela ação ofensiva praticada”. Além de alegar problema na pista auxiliar do terminal, a Avianca nega ter impedido o embarque de passageiros para acomodar o governador e sua comitiva. Segundo a empresa, houve "erro no cálculo de peso", em virtude de um aumento na temperatura, e o critério de corte estabelecido pela instituição atinge "o último que chega". fonte:www.bahianoticias.com.br
16/03/2012
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