Vitiligo que é tratado logo no início tem maior possibilidade de controle
Essa doença milenar se caracteriza pelo aparecimento de manchas brancas na pele. Ela atinge 1% da população mundial. Manifesta-se igualmente em homens e mulheres. A causa é a morte dos melanócitos, células produtoras de melanina, substância que dá a cor da pele. Ainda não tem cura, mas, quanto mais cedo é combatida, maior a chance de reverter o quadro.
Paulo Luzio
O vitiligo caracterizase pelo surgimento de manchas brancas na pele. A doença atinge 1% da população mundial. Manifesta-se em homens e mulheres de todas as raças. Estima-se que haja no Brasil 1,8 milhão de portadores. Por volta de 25% dos casos aparecem até os 10 anos de idade; outros 25%, dos 11 aos 20 anos; 95% da incidência manifesta-se até os 40 anos; e só 5% aparecem depois dessa idade.
As manchas surgem sobretudo no rosto, mãos, cotovelos, região genital, joelhos e pés. A causa é a morte dos melanócitos, células produtoras de melanina, substância que dá a coloração da pele. Hoje se sabe que se trata de uma doença autoimune: as próprias células de defesa do organismo, os linfócitos, passam a atacar os melanócitos e a destruílos. Ainda não se sabe, porém, por que isso ocorre.
Há sete tipos de vitiligo: vulgar, acrofacial, segmentar, focal, de mucosas, misto e universal. O vulgar é o mais freqüente; ocorre sempre nos dois lados do corpo, ou seja, nos dois joelhos ou nos dois cotovelos, por exemplo. O acrofacial, segundo tipo mais comum, é o que se manifesta no rosto e/ou nas mãos e/ou nos pés. O segmentar se caracteriza pelo aparecimento de várias manchas em forma de faixa. Pode surgir em qualquer região. Ocorre só de um lado e em geral só responde ao tratamento cirúrgico. O focal se caracteriza pelo surgimento de duas a três manchas pelo corpo. O de mucosas aparece nos lábios ou na região genital. Misto é quando surgem dois tipos - em geral, vulgar e segmentar. E universal é o que acomete mais de 70% da pele.
O vitiligo pode ser desencadeado por situações estressantes, como a perda de um familiar e a separação dos pais. A doença não causa problemas orgânicos, mas deixa a pele local mais desprotegida - pela falta da melanina - e, pois, mais suscetível ao câncer. Por isso, portadores devem intensificar o uso do protetor solar. O mais grave, porém, é que se trata de uma doença extremamente nociva para a auto-estima, sobretudo hoje, quando se valoriza em excesso a beleza física. Portadores se sentem diminuídos e enfrentam dificuldade no convívio social.
Indivíduos que percebam que surgiu uma mancha branca em sua pele devem consultar um dermatologista. Quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, maior a chance de controle e, em alguns casos, até de cura. A doença ainda não é bem conhecida em todo o país. Mas, sobretudo nas capitais e cidades grandes, existem dermatologistas que se dedicam a ela e, portanto, estão aptos a reconhecer os vários tipos e a propor o tratamento mais indicado. O Brasil é um dos poucos países a disponibilizar para os pacientes todos os tipos de tratamento existentes, clínicos ou cirúrgicos.
O tratamento do vitiligo tem uma seqüência. A primeira coisa é parar a evolução da doença. Ao mesmo tempo se estimula a repigmentação da pele e a conseqüente eliminação das manchas. Utilizamse tratamentos para combater os linfócitos e interromper a ação deles sobre os melanócitos. Tanto com remédios - tópicos ou por via oral - quanto por meio de fototerapia e de cirurgias. Muitas vezes os portadores precisam de acompanhamento psicológico, para aprender a lidar com a doença e também com o estresse. Boa parte dos casos de vitiligo ainda não tem cura, mas pode-se controlá-lo e dar aos portadores mais qualidade de vida.
As manchas surgem sobretudo no rosto, mãos, cotovelos, região genital, joelhos e pés. A causa é a morte dos melanócitos, células produtoras de melanina, substância que dá a coloração da pele. Hoje se sabe que se trata de uma doença autoimune: as próprias células de defesa do organismo, os linfócitos, passam a atacar os melanócitos e a destruílos. Ainda não se sabe, porém, por que isso ocorre.
Há sete tipos de vitiligo: vulgar, acrofacial, segmentar, focal, de mucosas, misto e universal. O vulgar é o mais freqüente; ocorre sempre nos dois lados do corpo, ou seja, nos dois joelhos ou nos dois cotovelos, por exemplo. O acrofacial, segundo tipo mais comum, é o que se manifesta no rosto e/ou nas mãos e/ou nos pés. O segmentar se caracteriza pelo aparecimento de várias manchas em forma de faixa. Pode surgir em qualquer região. Ocorre só de um lado e em geral só responde ao tratamento cirúrgico. O focal se caracteriza pelo surgimento de duas a três manchas pelo corpo. O de mucosas aparece nos lábios ou na região genital. Misto é quando surgem dois tipos - em geral, vulgar e segmentar. E universal é o que acomete mais de 70% da pele.
O vitiligo pode ser desencadeado por situações estressantes, como a perda de um familiar e a separação dos pais. A doença não causa problemas orgânicos, mas deixa a pele local mais desprotegida - pela falta da melanina - e, pois, mais suscetível ao câncer. Por isso, portadores devem intensificar o uso do protetor solar. O mais grave, porém, é que se trata de uma doença extremamente nociva para a auto-estima, sobretudo hoje, quando se valoriza em excesso a beleza física. Portadores se sentem diminuídos e enfrentam dificuldade no convívio social.
Indivíduos que percebam que surgiu uma mancha branca em sua pele devem consultar um dermatologista. Quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, maior a chance de controle e, em alguns casos, até de cura. A doença ainda não é bem conhecida em todo o país. Mas, sobretudo nas capitais e cidades grandes, existem dermatologistas que se dedicam a ela e, portanto, estão aptos a reconhecer os vários tipos e a propor o tratamento mais indicado. O Brasil é um dos poucos países a disponibilizar para os pacientes todos os tipos de tratamento existentes, clínicos ou cirúrgicos.
O tratamento do vitiligo tem uma seqüência. A primeira coisa é parar a evolução da doença. Ao mesmo tempo se estimula a repigmentação da pele e a conseqüente eliminação das manchas. Utilizamse tratamentos para combater os linfócitos e interromper a ação deles sobre os melanócitos. Tanto com remédios - tópicos ou por via oral - quanto por meio de fototerapia e de cirurgias. Muitas vezes os portadores precisam de acompanhamento psicológico, para aprender a lidar com a doença e também com o estresse. Boa parte dos casos de vitiligo ainda não tem cura, mas pode-se controlá-lo e dar aos portadores mais qualidade de vida.
Paulo Luzio (35), dermatologista no Rio de Janeiro e em São Paulo, é responsável pelo Ambulatório de Vitiligo do Instituto de Dermatologia Professor Azulay, da Santa Casa, e pela Clínica de Vitiligo (SP/RJ). Site: www.clinicadevitiligo.com.br
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