21/11/2010

Confira a resolução comentada do vestibular da Unicamp


Confira a resolução comentada do vestibular da Unicamp

Primeira fase ocorreu neste domingo.
Trabalhosa, prova exigiu boa administração do tempo, segundo professores.


Unicamp vestibularEstudantes fazem vestibular da Unicamp neste 
domingo (21) em São Paulo (Foto: Raul Zito/G1)
Confira a resolução comentada da primeira fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizada neste domingo (21). Para professores, a parte de redação, em que o estudante teve de fazer três textos, foi a mais complexa e exigiu boa administração do tempo. Além das redações, os estudantes tiveram de responder 48 testes de múltipla escolha.
Na redação, o primeiro tema apresentava um gráfico sobre comportamentos juvenis. O estudante tinha que analisar o gráfico, selecionar dois valores estáveis e duas mudanças de valores. Além disso, precisava fazer uma análise crítica.
No segundo tema da redação, o estudante tinha que se posicionar como um líder estudantil. Devia apresentar um diagnóstico com três problemas de ensino de ciências de sua escola e depois apresentar uma palestrante aos colegas. No último tema de redação, o estudante devia se basear em uma crônica de Drummond de Andrade para escrever um artigo jornalístico opinativo sobre problemas das cidades com as chuvas.
Para o professor Nelson Dutra, do Objetivo, as redações foram difíceis e trabalhosas. "Exigia leitura crítica, recorte rápido e elaboração de textos. Duas horas e meia para fazer as redações não é tempo cabível", afirmou. Os temas eram excelentes, mas complexos, segundo a professora de redação do curso Etapa, Célia Passoni. "Em todos, o estudante tinha que se transforma em alguém para comentar texto, gráfico ou crônica", disse.
Para o coordenador geral do curso Anglo, Nicolau Marmo, o estudante teve excesso de trabalho em comparação com a prova do ano passado. "Eles se cansaram demais", afirmou. Segundo Marmo, uma redação seria suficiente. O professor elogiou as questões. "São contextualizadas, tem linguagem clara, concisa e precisa. É uma referência para qualquer vestibular", disse.
O coordenador do curso Etapa, Edmilson Motta, disse que os testes tinham resolução relativamente simples, com dificuldade de média para fácil. A preocupação, segundo Motta, é que estudantes de cursos concorridos perdem muito se erram esse tipo de questão. "A redação vai decidir", afirmou. De acordo com Motta, a cobrança de duas redações seria "melhor". "É difícil fazer um textos bem acabados. Os candidatos tiveram muita dificuldade com três temas", disse.
Segundo o coordenador pedagógico do curso pré-vestibular Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, a maior exigência foi a administração do tempo. "Foi uma prova puxada para cinco horas", disse. As primeiras duas propostas de redação eram mais díficeis e a terceira era um pouco mais fácil, segundo Tasinafo.
As outras disciplinas foram bem cobradas, segundo Tasinafo. Em geografia, predominaram questões sobre o Brasil e principalmente sobre agricultura. História trazia respostas no próprio texto. Biologia cobrou temas atuais, estava bem elaborada e bem distribuída, assim como matemática, física e química, de acordo com o coordenador da Oficina do Estudante. As questões de matemática estavam bem contextualizadas, ligadas a situações reais.
Local de prova para vestubular da Unicamp, em São PauloCandidatos esperam para fazer prova da Unicamp
em frente ao prédio da Unip, em São Paulo
(Foto: Raul Zito/G1)
Para o professor de matemática do Objetivo, Gregorio Krikorian, as dez questões da disciplina tinham nível médio de dificuldade. "A distribuição no conteúdo programático ficou desbalanceada", afirmou. Álgebra foi super valorizada, segundo o professor. Poderia ter havido mais questões de geometria e faltou trigonometria.
Segundo o professor de biologia do Objetivo, Constantino Carnelos, a prova foi bem feita. O estudante tinha que saber conteúdo. "Ou sabe ou não sabe", disse. Uma redação falava do vazamento de petróleo no Golfo do México neste ano.
A prova de geografia do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, tinha pegadinhas nas questões. "Exigiu atenção e leitura cuidadosa. Uma palavra inutilizava um texto", disse. A professora lamentou o tipo de prova. "Não é o melhor tipo de teste. É uma pena porque a Unicamp tem tradição de prova bem elaborada", disse.
As questões de física, segundo o professor do Objetivo Ricardo Helou Doca, tiveram dificuldade média. Os enunciados eram específicos sobre assuntos pontuais. De seis questões, uma tratou de mecânica, duas de eletricidade, uma de termologia e duas de ondulatória. "O aluno foi cobrado para fazer cálculos e contas", disse.
A prova de química da Unicamp deu enfoque à prática ambiental, segundo o professor do Objetivo Sergio Teixeira Bignardi. Caíram questões sobre efeito estufa, gases tóxicos de vulcão e derramamento de óleo. "Acredito que as questões de química pura caiam mais na segunda fase", disse.
Para o professor de história do Objetivo, Christina Focking, o vestibular exigiu interpretação de texto e trouxe alternativas longas. Houve equilíbrio entre história geral e do Brasil, com 55% de perguntas sobre questões brasileiras. "A escravidão, que caiu em outros vestibulares, teve uma questão", disse.
Clique nos números em vermelho da tabela para ver a correção:


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