Primeira a ser homologada como candidata a prefeita de Salvador, no último dia 17, a deputada federal Alice Portugal pode ser removida a contragosto da disputa. Após o PCdoB não conseguir efetivar o “blocão” com PTB, PDT e PSL, o partido passou a ser assediado diretamente pelo governador Jaques Wagner (PT) para compor a chapa do prefeiturável petista, Nelson Pelegrino, colega de Câmara da comunista, que já foi a sua vice na eleição de 1996. Passados 16 anos, em 2012, o entendimento da parlamentar é o de que a estratégia do governo do Estado de tentar colidir contra ACM Neto (DEM) com um único postulante –alicerçado em uma poderosa coalizão – é equivocada. “É verdade que a direção do partido, na figura do presidente Daniel Almeida, foi procurada. Eu sou governista declarada, mas discordo da tática do governador Jaques Wagner de concentração das forças governistas no primeiro turno. No meu entendimento, cada segmento deve dialogar com o seu eleitorado, lutar com os seus vereadores. Assim, no primeiro turno, você teria coligações mais alegres e embaladas e, no segundo, todos se juntariam em torno de quem teve o melhor desempenho. Isso não empalidece os aliados. Fortalece. Para enfrentar o carlismo hoje, em minha opinião, nós não precisamos ter mais essa frente ampla contra o fascismo, como na época da ditadura. Esse tipo de coligação me preocupa”, desabafou Alice, em entrevista ao Bahia Notícias. Nesta quinta-feira (28), às 14h, em sua sede no bairro dos Barris, a comissão política estadual do PCdoB dará um ponto final à questão: ou se manterá a candidatura ou se irá compor com o PT. Durante a oficialização da aliança com o PTB, Pelegrino deu pistas do que poderá ocorrer, ao opinar sobre a possibilidade de repetir a dobradinha que fez com Alice em 1996: “O jogo só termina quando o juiz apita. Até sábado [30, dia da sua convenção] muita coisa pode acontecer”.
Fonte: www.bahianoticias.com.br
por Evilásio Júnior
Foto: Betto Jr. / Ag. Haack / Bahia Notícias
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