Em nota, Itamaraty pede medida ‘o mais breve possível’
Forças de coalização estão agindo no país desde o último sábado (19).
O governo brasileiro divulgou nota no começo da noite desta segunda-feira (21) pedindo um "cessar-fogo no mais breve prazo possível". Na nota, divulgada pelo Itamaraty, o Brasil lamenta as mortes ocorridas no país devido ao conflito.
Desde o último sábado (19), forças ocidentais autorizadas pela ONU bombardeiam posições líbias para impedir que as tropas do ditador Muammar Kadhafi ameacem a segurança de civis.
“Ao lamentar a perda de vidas decorrente do conflito no país, o governo brasileiro manifesta expectativa de que seja implementado um cessar-fogo efetivo no mais breve prazo possível, capaz de garantir a proteção da população civil, e criar condições para o encaminhamento da crise pelo diálogo”, diz a nota.
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Comandada pelos Estados Unidos, as forças de coalizão têm a participação também de militares do Reino Unido, França, Canadá, Itália, Catar e Bégica. Segundo as Nações Unidas, o objetivo das ações é criar uma zona de exclusão aérea que impeça que as forças leais ao coronel Kadhafi, no poder desde 1969, ameacem civis.
Os confrontos entre tropas pró-Kadhafi e os rebeldes jogaram o país em uma guerra civil e provocaram milhares de mortes. O Conselho Nacional Líbio, que reúne os rebeldes, estima que pelo menos 8 mil pessoas já tenham morrido nas batalhas.
O governo brasileiro pede que sejam respeitado os direitos humanos. “O Brasil reitera sua solidariedade com o povo líbio na busca de uma maior participação na definição do futuro político do país, em ambiente de proteção dos direitos humanos.”
Por meio da nota, o governo brasileiro também reafirmou o apoio aos esforços do enviado especial do Secretário-Geral da ONU para a Líbia, Abdelilah Al Khatib, e do Comitê ad hoc de Alto Nível estabelecido pela União Africana "na busca de solução negociada e duradoura para a crise".
No sábado, durante a visita a Brasília, o presidente dos Estados Unidos a Brasília, Barack Obama, autorizou uma operação militar limitada na Líbia, sem o uso de soldados em solo.
Segundo o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia a presidente Dilma defendeu de forma enfática a busca de soluções diplomáticas para os conflitos na Líbia durante reunião com Obama, no Palácio do Planalto.
“A presidente, no final da conversa [com Obama], fez uma declaração muito enfática em favor da paz e da solução diplomática dos conflitos”, disse o assessor.
fonte: g1.globo.com
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