Designer agredido com taco será enterrado no ABC neste sábado
Sepultamento acontecerá às 10h em Santo André.
Jovem morreu na madrugada da sexta (22), após dez meses em coma.
Designer ficou dez meses em coma (Foto:
Arquivo/G1)
O designer Henrique de Carvalho Pereira será enterrado por volta das 10h deste sábado (23) em um cemitério de Santo André, no ABC. Ele morreu na madrugada desta sexta (22) depois de dez meses em coma. Em dezembro de 2009, o jovem foi golpeado na cabeça com um taco de beisebol, dentro da Livraria Cultura, na Avenida Paulista.Arquivo/G1)
A mãe do designer afirmou na sexta que pediu “a Deus que fizesse o melhor” para o seu filho. "Pedi a Deus que fizesse o melhor para o Henrique, porque eu não sei se iria aguentar ver o que estava vendo nos últimos dias. Não sei de onde arranjei forças para ficar do lado dele”, disse Silvania de Carvalho Pereira, que é professora. De acordo com Silvania, há uma semana a equipe médica do Hospital das Clínicas já tinha conversado com a família sobre o estado de saúde do rapaz.
Após ser informado sobre a morte do filho, o pai de Henrique falou sobre a luta da família para superar a dor da violência. Todos os dias Henrique recebia a visita de alguém da família durante o período em que esteve internado na UTI. “A gente chegava, abraçava, beijava, o tempo todo. Uma hora, uma hora e meia que nós tínhamos com ele, era o tempo todo assim”, disse Elifas Pereira Filho.
Para o pai, o filho foi "um guerreiro". "Ele subiu dez vezes para o centro cirúrgico. Todo mundo [no hospital] comentou. Ele tinha muita força”, completou.
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O destino do garoto talentoso, do designer recém-formado e já premiado, que alegrou São Paulo com uma de suas obras na Cow Parade, mudou pela violência. Numa livraria da Avenida Paulista, Henrique aproveitava um dia de férias para folhear um livro quando foi brutalmente atingido na cabeça por um taco de beisebol.O agressor, o professor de ginástica Alessandre Fernando Aleixo, estava em surto e era esquizofrênico, segundo a Justiça. “Acho que é importante quem tem uma pessoa dessa na família ter um cuidado necessário para que ela não saia causando essa dor totalmente alheia à vida deles, no caso”, afirmou Elifas.
Durante o tempo que passou internado, em coma, Henrique dormia, acordava, tinha alguns reflexos, mas não se comunicava. O cérebro traumatizado inflamou e, nos últimos 20 dias, ele vinha piorando. Nesta sexta-feira, às 5h30, Henrique morreu. Tinha completado 22 anos no hospital, no dia 16 de abril
FONTE: G1.com.br
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