E aí me chega às mãos mais um desses dados assustadores sobre a terrinha amada: segundo pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB), a Bahia é líder em assassinatos de homossexuais em 2012! Porém, saia às ruas de Salvador e pergunte se alguém tem preconceito contra os viados. Resultado: quase ninguém. É tão difícil para um homofóbico sair do armário quanto para um homossexual. Mas devo também dizer, ainda uma vez, que de fato não gosto de falar “homossexual” apenas porque isso é supostamente mais respeitoso, como pênis e vagina. Porque quando eu digo pau e buceta não estou desrespeitando (longe de mim) aos amados órgãos. Em relação às palavras, o modo e o mood mudam tudo. Assim que prefiro dizer “viado” a homossexual e mesmo a gay, que também é bonito (explico o básico dessa escolha terminológica no primeiro parágrafo deste outro artigo).
Mas, voltemos aos dados e às ruas. Ninguém tem nada contra os viados e mesmo assim os matamos. Assim como ninguém votou em Collor e mesmo assim ele se elegeu. Para alcançar um resultado mais aproximado do verdadeiro sentimento coletivo é preciso formular a questão de outro jeito, dar um drible nas possibilidades de disfarce. Se não me engano, foi o Gilberto Freire quem, em vez de perguntar a manjada “você tem preconceito contra negros?”, formulou sua pesquisa a partir de: “Você permitiria que sua filha se casasse com um negro?”. Inspirado nisso e num bate papo de bar, resolvi perguntar às pessoas em Salvador se elas preferem ter um filho viado ou ladrão. As respostas são muito reveladoras e podem (devem) ser conferidas no vídeo abaixo. E você, o que acha?
fonte:www.bahianoticias.com.br
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