Derramamento de sangue é 'ultrajante e inaceitável', disse americano.
Repressão a protestos contra Kadhafi já matou ao menos 300 pessoas.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que o derramamento de sangue e o sofrimento na Líbia são "ultrajantes e inaceitáveis".
"O sofrimento e o derramamento de sangue são ultrajantes, e isto é inaceitável. Como também são as ameaças e as ordens para atirar em manifestantes pacíficos e as punições contra o povo da Líbia. Estas ações violam as leis internacionais, e todos os padrões de decência comum. Esta violência precisa acabar", disse o presidente.
"Em uma situação de instabilidade como esta, é imperativo que as nações e pessoas do mundo falem com uma só voz e este tem sido nosso foco", acrescentou.
Obama afirmou que pediu à secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que viaje a Genebra para participar da reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o tema.
Ele também disse que seus assessores de política externa têm "trabalhado contra o tempo" para preparar uma resposta à violência e disse que está analisando "diversas opções" para responsabilizar a Líbia.
O presidente não mencionou o nome do líder líbio Muammar Kadhafi em seu pronunciamento, e também não detalhou o tipo de medidas que a Líbia pode enfrentar.
Mas já houve pedidos de novas sanções contra o governo do país do norte da África, como congelamento de bens, e até de uma zona de proibição de voo estabelecida pela Otan para proteger os civis.
"Como todos os governos, o governo líbio tem a responsabilidade de conter a violência, de permitir assistência humanitária para os que necessitam e de respeitar os direitos de seu povo", disse.
"Ele deve ser responsabilizado por seu fracasso em cumprir estas responsabilidades e enfrentar os custos do prosseguimento das violações dos direitos humanos".
Hillary
Mais cedo. a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, voltou a condenar o uso da violência contra manifestantes na Líbia e advertiu que o governo de Muammar Kadhafi deve se responsabilizar por suas ações.
Mais cedo. a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, voltou a condenar o uso da violência contra manifestantes na Líbia e advertiu que o governo de Muammar Kadhafi deve se responsabilizar por suas ações.
"Vamos refletir sobre todas as opções possíveis para tentar pôr um ponto final na violência, para tentar influir sobre o governo", disse ela, em entrevista ao lado do chanceler do Brasil, Antonio Patriota.
A secretária de Estado também destacou a necessidade de uma ação conjunta da comunidade internacional, lembrando que "muitos países têm uma relação mais próxima da Líbia do que a mantida por nós".
Pouco antes, o Departamento de Estado afirmou que os EUA considerando uma série de respostas à violenta crise política na Líbia, incluindo a possibilidade de sanções e congelamento de bens.
saiba mais
"Estamos observando um âmbito completo de instrumentos e opções que estão disponíveis para alcançarmos nosso objetivo... que certamente inclui a consideração de sanções que podem ser impostas", disse o porta-voz do Departamento de Estado P.J. Crowley em entrevista coletiva.
Os EUA cogitam ainda congelar os bens do governo líbio e do líder Muammar Kadhafi, mas nenhuma decisão foi tomada ainda.
"Está na caixa de opções? Sim", respondeu Crowley quando questionado se o congelamento de bens está sendo considerado.
O porta-voz destacou que quaisquer passos futuros serão coordenados com a comunidade internacional.
fonte: g1.globo.com